O gênio também deve ser criticado

5 de janeiro de 2016. Foi essa a data que o ídolo Zinédine Yazid Zidane assumiu como técnico do Real Madrid. E de lá pra cá, ele conseguiu algo impensável. Equiparou o número de títulos do time merengue ao número de derrotas.

Os revezes para Atlético de Madrid por duas vezes, Sevilla, Celta, Valencia, Barcelona e Wolfsburg se transformaram em duas Champions Leagues, um Campeonato Espanhol, um Mundial de Clubes, duas Supercopas da Europa e uma Supercopa da Espanha.

Mas tamanho sucesso e domínio diante do futebol internacional trouxeram uma conta bem amarga que está sendo paga na temporada atual.

Comodismo, salto alto, soberba? Talvez estes fatores expliquem um pouco do declínio do Real Madrid. Na atual temporada da La Liga são 4 vitórias, 2 empates e 2 derrotas, ou seja, "apenas" 66% de aproveitamento. Com estes resultados, a equipe da capital viu o Barcelona abrir 8 pontos de vantagem já na décima rodada. Algo que demonstra a fraqueza madrilenha nessa temporada foi a derrota para o Betis por 1 a 0, derrota que impediu a equipe de Zidane de bater um recorde de jogos marcando gols.

Mas é claro, o salto alto não é o único motivo para uma derrocada tão grande. O futebol é muito dinâmico e com o tempo, as equipes aprenderam a marcar o futebol praticado pelo Real Madrid. Entenderam como Cristiano Ronaldo e companhia jogam e passaram a marcar e jogar de um jeito que impedisse grandes triunfos de Madrid. Luka Modric, por exemplo, tido como o melhor meio campista do mundo na atualidade viu sua nota no site WhoScored despencar de 7,23 na temporada passada para 7,03 nessa.

E a culpa disso tudo é de quem? Certamente uma parte é de Zidane, que não foi capaz de adaptar o estilo de jogo do Real ou a soberba de dispensar Morata da equipe. Talvez a insistência em Benzema e Lucas Vásquez também demonstrem que as coisas não andam muito bem lá na capital.

É Zidane, é hora de repensar...

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